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segunda-feira, 28 de abril de 2008

SAIBA TUDO SOBRE A ASCENSÃO DO SENHOR e seu significado para Cristo e seus seguidores.

Pastor Horst Kuchenbecker

1. A Festa da Ascensão

A festa da Asensão de Jesu Cristo, 40 dias após a Páscoa, é a grande festa da cororação de Cristo como Rei dos reis e Senhor dos senhores. É o dia de sua posse como Rei do universo. Portanto um dia de júbilo para toda a cristandade.

Na vida de Cristo existem quatro grandes eventos que são observados pela Igreja Cristã: Natal, Sexta-feira Santa, Páscoa e Ascensão.

Natal é a festa que recebe grande atenção por parte das congregações cristãs e também por parte da sociedade em geral. Muitos, mesmo não dando atenção à sua mensagem ou mesmo não o aceitando, celebram Natal como uma festa da família e ocasião para troca de presentes.

Sexta-feira Santa é celebrada de várias formas: O Ofício das Trevas, silêncio por 12 horas, cultos especiais, procissões com o Cristo crucificado e auto flagelo, além das tradições populares como o não comer carne de animais e/ou fazer deste dia uma festa do peixe e do vinho.

Páscoa é a grande festa da alegria, da absolvição, da esperança da ressurreição e vida eterna, celebrada com cultos de louvor e júbilo; para sociedade, porém, a festa do chocolate, com uma série de lendas em torno de coelhinhos e ovos.

Ascensão é a festa na qual celebramos a triunfante subida de Jesus aos céus, para assentar-se à direita do Pai. Esta festa, infelizmente, está caindo no esquecimento. Poucas são as comunidades que ainda celebram culto na quinta-feira da Ascensão. E mesmo que o domingo após a Ascensão ofereça uma boa oportunidade para se falar a respeito, esta oportunidade nem sempre é aproveitada. Compreendemos ainda o que a ascensão significou para Jesus e o que ela significa para nós, seus seguidores? Vamos refletir um pouco sobre esta verdade que confessamos no Credo Apostólico: “Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus ... e verdadeiro homem ... desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.”

2. Importância e significado

A ascensão de Cristo é o dia da coroação de Cristo, o término de sua missão vicária e de sua estada visível na terra. Num sentido a Sexta-feira Santa é o dia das trevas, o dia mais triste da história da humanidade. Se Sexta-feira Santa fosse a palavra final, estaríamos perdidos e nos restaria a confissão de desespero dos discípulos de Emaus:Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam” (Lucas 24.21 RA). Seria o triunfo da lei, da condenação, de Satanás e do Inferno.

Mas a manhã da Páscoa mudou tudo. Cristo triunfou sobre os poderes das trevas, sobre o pecado, a morte e Satanás. Jesus pôde saudar seus discípulos com as palavras: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor” (João 20.19-20 RA). O apóstolo Paulo jubila ao escrever: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15.55-57 RA). A cristandade confessa alegre e vitoriosamente: Creio na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.” A ascensão de Cristo é a aprovação e a confirmação divina de toda a obra redentora de Cristo, sim sua coroação como Rei dos reis e Senhor dos senhores, como Redentor e Juiz de vivos e de mortos. Não deveríamos celebrar esta festa com cultos de louvor e júbilo?

3. A celebração da festa nos primeiros séculos

Nos primeiros séculos, a cristandade celebrou a gloriosa e vitoriosa ascensão de Cristo com muito júbilo. Jesus viveu 33 anos aqui na terra, então retornou triunfante ao céu para tomar posso do seu reino e foi recebido com júbilo pelos anjos.

Historiadores relatam sobre os festejos no tempo de Agostinho (AD 354-430). Um relato de AD 385 afirma que o dia da Ascensão era celebrado em Jerusalém com uma peregrinação para o monte das Oliveiras e um culto campal. A Imperatriz Helena, nascida na Inglaterra, construiu o memorial da Ascensão no monte das Oliveiras, que existe até hoje. O historiador inglês, Bede, do século VIII, relata que a celebração da Ascensão de Cristo igualava-se aos festejos da Páscoa. E muitas comunidades tinham o hábito de celebrarem a “Quinta-feira Santa da Ascensão” com um culto campal.

4. A Ascensão nas profecias do Antigo Testamento

A ascensão de Cristo foi predita no Antigo Testamento. Os textos próprios são: “Subiu Deus por entre aclamações, o SENHOR, ao som de trombeta” (Salmos 47.5 RA). “Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro; recebeste homens por dádivas, até mesmo rebeldes, para que o SENHOR Deus habite no meio deles” (Salmos 68.18 RA; Ef 4.8-10). No Salmo 110 lemos: “Disse o SENHOR ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés” (Salmos 110.1 RA). O Salmo 22 fala do sofrimento de Cristo e aponta para sua vitória. “Confiou no SENHOR! Livre -o ele; salve -o, pois nele tem prazer ... Pois do SENHOR é o reino, é ele quem governa as nações” (Salmos 22.8,28 RA). O profeta Isaías também fala do Servo sofredor e de sua vitória final: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito ... Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo” (Isaías 53.11-12 RA).

Durante seu ministério público, Jesus falou diversas vezes a seus discípulos a respeito do seu retorno ao céu. A maioria das referências à sua ascensão encontramos no evangelho de João, que contém 50% das declarações de Jesus a respeito. Jesus disse a Nicodemos:Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu” (João 3.13 RA). A seus discípulos afirmou: “Que será, pois, se virdes o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava?” (João 6.62 RA). “Ainda por um pouco de tempo estou convosco e depois irei para junto daquele que me enviou. Haveis de procurar-me e não me achareis; também aonde eu estou, vós não podeis ir” (João 7.33-34 RA). “Sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus, levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela” (João 13.3-4 RA). No seu discurso de despedida, no caminho ao Getsêmani, disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar” (João 14.2 RA). No mesmo capítulo afirma: “Ouvistes que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu” (João 14.28 RA).

No discurso de despedida de Jesus, há nove referências com respeito a sua saída da terra: Jo 14.2,12, 28; 16.5,10,16,19,28; 17.11.

5. Afirmações feitas após sua ressurreição

Jesus, o ressuscitado, disse a Maria Madalena: “Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” (João 20.17 RA).

6. Afirmações em Marcos e Lucas

No final do evangelho de Marcos lemos: “De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus” (Marcos 16.19 RA). Lucas oferece dois relatos sobre a ascensão, um no final do seu evangelho, Lc 24.50-53, e o outro na introdução do livro de Atos 1.6-11.

7. A ascensão nas epístolas do Novo Testamento

Nos escritos do Novo Testamento temos as cartas de Pedro e a epístola aos hebreus que testificam da ascensão de Cristo. O apóstolo Paulo, em sua carta aos efésios, provavelmente uma carta circular às congregações da Ásia Menor, escreve sobre a ascensão de Cristo e seu resultado, como segue: “E qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando -o dentre os mortos e fazendo -o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Efésios 1.19-23 RA). O apóstolo Pedro em sua carta às congregações da Ásia Menor, escreve: “O qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes” (1 Pedro 3.22 RA). A carta anônima aos Hebreus, fala de Cristo como o sumo sacerdote e confessa: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão” (Hebreus 4.14 RA). Novamente para descrever a obra da salvação, escreve: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hebreus 9.24 RA).

8. Verbos usados no original para descrever a ascensão.

O texto grego usa 13 verbos diferentes para descrever a forma da ascensão. Vejamos a tradução dos textos em português. 1) Subir: Jo 3.13; 6.62; 20.17. 2) Foi recebido: Mc 16.19; At 1.11. 3) Assunto ao céu: Lc 9.51. 4) Ia-se retirando deles: Lc 24.51. 5) Que eu vá: Jo 16.7 (20.10). 6) Elevado para o céu: Lc 2.51. 7) Elevado às alturas: At 1.9. 8) Vou para junto de ti: At 17.11. 9) Irei: Jo 7.33; 13.3; 14.4,28; 16.5,10. 10) Elevado às alturas: At 1.9. 11) Elevado da terra: Jo 12.32. 12) Vou preparar-vos lugar: Jo 14.2,3,12; 16.28; At 1.10-11.

9. Objeções à ascensão de Jesus.

A ascensão de Cristo ocorreu de forma aberta num monte. Foi um evento visível. Um dos anjos repentinamente presente na ascensão, disse aos discípulos: “Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1.11 RA). A ascensão de Cristo foi um evento histórico, tal como a encarnação, sua morte e sua ressurreição. Foi um ato histórico que ocorreu no tempo e no espaço, ele não desapareceu repentinamente, mas foi elevado ao céu de forma visível diante de onze testemunhas, seus discípulos. A ascensão foi gradual, efetuada por seu próprio poder, foi uma ida majestosa para o céu.

As circunstâncias foram as seguintes: aconteceu no monte Olival, quarenta dias após sua ressurreição. As testemunhas foram os 11 discípulos. Uma nuvem o encobriu aos olhos de seus discípulos. E anjos anunciaram seu retorno à terra.

Mesmo assim, teólogos da teologia liberal e luteranos neo-ortodoxos, infelizmente, rejeitam o fato histórico. Eles não aceitam os milagres relatados na Bíblia e dizem que são mitos. Entre estes teólogos, os mais conhecidos, são: Barth, Bultmann, Tillich, Kirkegard, Brunner e outros.

Não nos deixemos enganar por tais argumentações falhas. A Escritura o coloca de forma incontestável. Jesus afirmou: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mateus 11.6 RA). E: “Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” (Lucas 11.28 RA).

10. O testemunho dos discípulos a respeito da Ascensão.

Os discípulos não presenciaram o ato ressurreição de Jesus, mas viram os efeitos da ressurreição nas dez aparições do ressuscitado. Na ascensão foi lhes concedido verem tanto o ato como o efeito, que sentiram a partir de Pentecostes e em todo o seu trabalho.

11. A necessidade da Ascensão

A ascensão foi o ponto culminante da obra redentora de Cristo e é o ponto de contato entre o Cristo dos evangelhos e o Cristo das epístolas.

A ascensão representa a vitória de Cristo sobre seus inimigos. Na carta aos efésios o apóstolo Paulo cita o Salmo 68.19: “Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens” (Efésios 4.8 RA). Por causa de sua vitória sobre principados e potestades, Jesus estava em condições de subir vitorioso ao céu. A ascensão foi a pedra final na vitória. Sem a ascensão, sua obra seria como uma torre sem tope.

Jesus subiu ao céu como verdadeiro homem, nosso irmão na carne, para tomar posse do céu, como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele próprio o afirmou: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18 RA). Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5) e Elias (2Rs 2.1-11) também subiram aos céus. Os anjos estão nos céus. Mas Jesus subiu ao céu, não como um visitantes ou simplesmente para morar ali, mas como proprietário, como dono, para governar eternamente como juiz supremo. Jesus subiu ao céu para assentar-se à direita do Pai. E a direita do Pai não é um lugar confinado no céu. A direita do Pai é a onipresença do Pai. Agora Jesus governa como nosso irmão, verdadeiro homem que usa todas as qualidades divinas comunicadas à sua natureza humana. Jesus como homem é agora onisciente, onipotente, onipresente. O apóstolo Paulo escreve: “Ressuscitando -o (Jesus) dentre os mortos e fazendo -o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas” (Efésios 1.10-13 RA). E dali virá um dia para julgar vivos e mortos.

Isto não significa ausência para seus discípulos. Não! Ele prometeu estar com eles, com sua igreja, para os amparar e fortalecer por seu Espírito. Ele está com sua igreja, não mais de forma visível mas invisível, especialmente na santa ceia. “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28.20 RA).

12. O resultado da Ascensão para seus seguidores

1. Vitória - Como nosso substituto, Jesus pagou o preço pelos pecados e nos livrou de todos nossos inimigos, pecado, morte e Satanás. A ascensão de Cristo constituiu-se em vitória para todos os fiéis. O apóstolo Paulo afirma: “Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens” (Efésios 4.8 RA). “Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação” (Salmos 68.19 RA). “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2.15 RA).

2. Dignidade - A ascensão de Jesus, como pessoa humana, dignifica o ser humano. Nosso irmão na carne está lá. O Espiritismo despreza a matéria, Cristo a dignifica. Aos seus Jesus disse: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3 RA). “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos. (João 17.22 RA). “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17.24 RA).

3. Lugar - O céu foi aberto para os seguidores de Cristo. Agora podemos crer nas promessas de que ele foi preparar lugar para seus seguidores. Ele mesmo disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (João 14.2,3). “Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará” (João 12.26 RA).

4. Novo propósito de vida - Isto nos dá um novo propósito de vida. “Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6.21 RA). Por isso recomenda o apóstolo Paulo: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Colossenses 3.1 RA).

5. O Espírito Santo e dons - Jesus prometeu e enviou o seu Espírito Santo conforme a profecia de Joel 3.1-4. O Espírito é nosso Guia e Consolador. Ele prometeu: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16.7 RA). Ele concedeu dons aos homens. “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4.10-12 RA). O que Jesus prometeu, ele cumpriu. O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes e é nosso guia e Consolador. Ele concede dons aos homens e os torna aptos para todo o trabalho no reino de Deus. O Espírito Santo atua até agora.

6. Intercede - Jesus intercede por nós como nosso sumo sacerdote. “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2.1 RA). “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Romanos 8.34 RA).

7. Governa - Jesus, como rei governa poderosamente. No reino do poder, governa com poder sobre todas as coisas a favor de sua igreja. No reino da graça, governa com graça sobre seus fiéis, perdoando abundante e diariamente os pecados a seus fiéis. No reino da glória, coroa os fiéis com a glória celestial por toda a eternidade. “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18 RA). “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (2 Timóteo 4.18 RA).

8. Aguardamos - Nós aguardamos o momento de entrar na glória. Já conhecemos esta glória pela palavra e a temos em fé. Em breve, quando ele nos chamar ou se tivermos o privilégio de ver sua volta em vida, passaremos do crer para o ver. Ele disse: “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17.22-24 RA). Que palavras maravilhosas, consoladoras e cheias de esperança. Não é de se admirar que, ao lermos estas palavras, exclamamos como o apóstolo Paulo: “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1.23 RA).

9. Fiéis - Mas enquanto aguardamos a manifestação de sua glória, o passar do ver para o crer, queremos ser fiéis (Ap 2.10) na fé e abundantes em toda a obra do Senhor (1 Co 15.58), para proclamar sua palavra conforme sua ordem, para a edificação da igreja, enquanto durar o tempo da graça.

Conclusão - A festa da ascensão de Cristo é a grande festa de júbilo pela vitória de Cristo e as bênçãos eternas que esta vitória nos traz. Festejemos a mesma com louvor e gratidão. Celebremos o seu nome como os anjos nos céus que clamam ininterruptamente em grande voz, dizendo: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciões e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 7.10-12 RA).

Porto Alegre, 20/04/1999

Horst Kuchenbecker

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