ENTRE EM CONTATO:

igrejaluterana@gmail.com

Deixe seu comentário: sugira, opine, participe!
Se algum post lhe ofende ou viola seus direitos autorais entre em contato.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ALGUMAS VERDADES BÍBLICAS SOBRE A MORTE

Com o feriado de Finados chegando, nada melhor do que olhar para a Palavra de Deus e seu ensino a respeito da morte. Por causa da grande esperança da ressurreição, este tema não devia ser Tabu para nós cristãos. Que estas palavras lhe tragam orientação e consolo.


1. Definição. A morte temporal não é destruição total do ser humano, mas a privação da vida física causada pela separação entre corpo e alma. "Esta noite te pedirão a tua alma" (Lc 12.20). Cristo morreu ao entregar o espírito (Mt 27.50). "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu" (Ec 12.7).


2. Causa. Como Deus não criou o ser humano para que morresse, ele não está sujeito à morte de acordo com a ordem da criação. É por isso que o ser humano experimenta natural horror com relação à morte. A morte foi parte da ameaça divina de punição pelo pecado (Gn 2.17). A morte entrou no mundo pelo pecado (Rm 5.12). "O salário do pecado é a morte" (Rm 6.23). "E o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tg 1.15).

Deus impõe a pena de morte. Os seres humanos vivem e morrem pela vontade de Deus (Dt 31.14; 2 Rs 20.1,6). "Reduzes o homem à destruição" (Sl 90.3). "Contigo está o número dos seus meses" Jó 14.5). Deus termina as vidas dos seres humanos de várias maneiras (enfermidade, velhice, acidente, guerra, etc. (Lc 13.1.5), e em diferentes idades: em Belém foram mortas crianças (Mt 2.16); Simeão faleceu em idade avançada (Lc 2.25-29). Mas seja qual for a causa física da morte, todos os seres humanos morrem em conseqüência de seus pecados (Sl 90.7-9). O ser humano sabe que deve morrer, mas não sabe quando. "Pois o homem não sabe a sua hora" (Ec 9.12).

Os cristãos carregam em suas vidas as conseqüências externas do pecado, tal como os demais e, por isso, também sofrem a morte física (Gn 25.8). Mas há enorme diferença entre a morte do cristão e a do incrédulo. Para o cristão, a morte perdeu seu aguilhão (1Co 15:55-57), porque tem perdão de todos os seus pecados. Para ele, a morte não é castigo, mas libertação (2Tm 4.18), mudança para melhor (Fp 1.23). Por isso, o cristão, pela fé, supera o medo natural da morte (Hb 2.14,15), partindo em paz (Lc 2.29).


3. A morte temporal não é o fim do ser humano. Embora lhe falte evidência positiva, o ser humano natural sente que a morte temporal não destrói sua existência consciente e identidade pessoal. Daí quase toda religião pagã falar de uma vida além-túmulo.

Na Bíblia, temos informações de confiança sobre esse ponto. Aprendemos que a morte temporal não é o fim do ser humano. Falando do “Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” Jesus diz aos saduceus: "Ora, Deus não é Deus de mortos, e, sim, de vivos; porque para ele todos vivem!" (Lc 20.38). Também a história do rico e de Lázaro (Lc 16.19-31) e do juízo final (Mt 25.21-46) mostram que a morte temporal não é o fim do ser humano.


4. Existência continuada. O corpo material decai e volta à terra, pó ao pó (Gn 3.19; Ec 3.20). Nesse estado, continua até a ressurreição do último dia (Jó 19.25-27; Jo 11.24). A alma desencarnada, não se dissolve para desaparecer no ar. Sendo espírito criado, dotado de imortalidade por Deus, continua a existir como entidade pessoal distinta. Ao malfeitor Jesus disse: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). A história do rico e de Lázaro mostra que a identidade pessoal não é destruída (Lc 16.22,23). Paulo deseja estar com Cristo (Fp 1.23). Essa existência separada da alma continua até que ela volte a ser unida com o corpo no último dia (1Rs 17.22; Jo 5.28.29; 11.24).


5. Onde estão as almas? No momento da morte, as almas dos crentes entram na alegria do céu. Jesus disse ao malfeitor: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43). Estevão disse na hora da morte: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito!" (At 7.59). Todo aquele que morre no Senhor é bem-aventurado "desde agora" (Ap 14.13). Paulo deseja "estar com Cristo" e acrescenta que isto é "incomparavelmente melhor" para ele do que permanecer na carne (Fp 1.23,24). Por essa razão, oramos que Deus, quando finalmente nossa hora derradeira tiver chegado, nos conceda morte bem-aventurada e nos leve deste vale de lágrimas para junto de si mesmo no céu.

Os espíritos dos incrédulos estão "em prisão" (1Pe 3.19,20). Judas foi "para o seu próprio lugar" (At 1.25). A história do rico e de Lázaro, ensina definidamente que o ímpio, depois da morte, está em tormento (Lc 16.23). As almas permanecem no céu ou no inferno até o dia do juízo, quando serão reunidas com seus corpos. Os crentes verão em sua carne a Deus (Jó 19.26), e os incrédulos irão de corpo e alma ao tormento eterno (Mt 10.28).

As almas dos mortos não voltam à terra para se comunicarem com os vivos. De acordo com a Bíblia, as almas que partiram ficam onde estão; no paraíso ou na prisão.

Não há purgatório, no qual a inteira e final salvação da alma seja completada por seus próprios sofrimentos e por missas, orações e dádivas ofertadas em sua intenção pelos vivos. Há apenas dois lugares. Em um deles a alma entra. "Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mt 7.13,14).

O destino eterno do ser humano se decide no momento da morte. Quem crê será salvo e quem não crê será condenado (Mc 16.16). Depois da morte, não há oportunidade para melhorar a situação, segunda prova, outra oferta de graça e perdão. "Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança" (Pv 11.7). "Eis agora o dia da salvação" (2Co 6.2). "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Hb 9.27). A questão sobre se alguém vai ao céu ou ao inferno não será decidida no dia do juízo, mas por ocasião da morte. "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). O juízo do último dia é o grande final do presente mundo. Nele a sentença pronunciada sobre o indivíduo na morte será confirmada publicamente e será estendida ao corpo.

Fonte: Sumário da Doutrina Cristã


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Google