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sábado, 2 de maio de 2009

Mensagens de Martinho Lutero

Todas as mensagens foram retiradas do site da Comissão Interluterana de Literatura (www.lutero.com.br)

Leia em sua Bíblia: Efésios 5.31-33
O MATRIMÔNIO REFLEXO DO CASAMENTO ESPIRITIUAL DE CRISTO
“Grande é o mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja”. (v. 32)

Veja que elevado sermão e precioso exemplo a respeito do casamento ou estado matrimonial nos ensina Paulo a praticar: que se instrua e lembre aos que vão casar ou já casaram que, ao encararem esse estado, meditem nestas palavras e tenham diante dos olhos a imagem ou o exemplo desse casamento espiritual. Pois esse, certamente, merece ser chamado de enlace ou casamento grandioso ou glorioso, e um nobre e precioso enfeite (embora secreto e oculto), através do qual nos são dados, não bens mundanos, mas libertação do pecado e da morte, bem como participação em todas as bênçãos celestes. Enfeites corporais ou tesouros deste mundo nem de longe se comparam com isso, mesmo que você ganhe toneladas de ouro, sim, os tesouros de todos os reis e imperadores. Pois tudo isso a gente pode controlar e compreender. De modo semelhante, os noivos terrenos não são tão preciosos assim, pois são gente pobre e mortal. Não obstante, essa forma exterior e visível do casamento ou matrimônio terreno tem a função de nos ensinar a considerar e meditar no matrimônio celestial, cuja glória e resplendor ninguém consegue ver. Além disso, devemos espelhar-nos na união espiritual entre Cristo e a igreja, e aprender como os cônjuges devem comportar-se no estado matrimonial.

Leia em sua Bíblia: Efésios 5.25-30
CRISTO, O NOIVO
Para a apresentar a si mesmo como gloriosa. (v. 27)

Esta é, pois, a grande graça e o dom indizível que Deus deu aos cristãos, embora o mundo não se dê conta disso. Pois calcule só que honra e glória não deve ser esta: Cristo, o Filho de Deus, humilhando-se tanto assim e, em sua bondade, vem morar conosco. Ele simplesmente não se denomina nosso Senhor, nem pai, irmão ou amigo, mas adota o nome que expresse o mais sublime amor e a mais profunda amizade que possa haver no mundo: ele quer ser nosso noivo e assim deseja ser chamado; quer formar conosco um só corpo (como se diz no caso de marido e mulher), ou, para usar palavras da Bíblia, uma só carne e um só osso, palavras que jamais são usadas para descrever qualquer outra relação de parentesco ou amizade. Assim Cristo quis apresentar-se a nós da forma mais amável e amigável possível, oferecendo e prometendo o seu imenso amor, para que nos denominemos sua noiva e, com toda a confiança, possamos e devamos chamá-lo de nosso amado noivo, e nos gloriemos nisso.Por isso, São Paulo apresenta o assunto numa pregação tão gloriosa, e o enaltece tanto assim que até parece que vão lhe faltar palavras. Por essa razão simplesmente conclui: “Grande é este mistério”. Em outras palavras: isso que Deus exprime por meio do estado matrimonial é algo por demais sublime, glorioso, indizível.Segundo São Paulo, isto é o que Cristo fez por sua igreja. Nosso coração é por demais limitado e fraco, e a glória dessa união espiritual é grande demais para podermos compreendê-la.

Leia em sua Bíblia: Efésios 5.22-27
DO MATRIMÔNIO CRISTÃO
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. (v. 25)

Neste versículo, São Paulo resumiu e associou o estado matrimonial e a ressurreição, juntamente com todas as de Cristo em sua igreja. Também apresenta aos cônjuges, tanto a marido como mulher, este único exemplo: Cristo é o cabeça da igreja, como o marido é o cabeçada mulher, e a igreja cristã é sua noiva ou esposa. Deste modo, nos ensina a nós e a todos os que querem viver um matrimônio cristão e mais perfeito do que o dos gentios: que tenhamos diante dos olhos o modelo que Deus apresenta em Cristo a sua igreja, e que no matrimônio vivamos segundo esse modelo, louvando e agradecendo a Deus por estarmos nestes dois estados divinos, ou seja, no sublime, espiritual matrimônio com o Senhor Jesus Cristo, e neste matrimônio ordinário, físico no mundo da carne.Pois Deus oferece elevada honra e glória ao estado matrimonial, ao apresentar e pintá-lo como exemplo e modelo da sublime e inexprimível graça e amor que ele demonstra e concede gratuitamente em Cristo, como o mais sublime sinal desta tão sublime e amável união entre Cristo e a Cristandade e todos os seus membros; uma união tão íntima que não há outra igual. E assim o apóstolo deixa suficientemente claro que o matrimônio é um estado divino, agradável a Deus porque o próprio Deus o instituiu. Além disso, toma-o por exemplo e modelo do casamento espiritual no qual se deve reconhecer seu amor e sua vontade para conosco, e no qual todos nós nos devemos espelhar diariamente. De modo especial, os cônjuges devem, no trato de um para com o outro, seguir esse modelo em seu estado matrimonial, como São paulo também os exorta nesse versículo.

Leia em sua Bíblia: Romanos 3.27-31
LEI E EVANGELHO
“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”. (v. 28)

Aqui é preciso saber que a Escritura Sagrada como um todo se divide em duas classes de palavras: os mandamentos ou a lei de Deus e as promessas.Os mandamentos nos ensinam e prescrevem toda sorte de boas obras. Agora, dar mandamentos é uma coisa, cumprir os mandamentos é coisa bem diferente. Os mandamentos nos orientam corretamente, mas não nos ajudam; ensinam o que devemos fazer, mas não nos dão a força para cumpri-los. Por isso, os mandamentos nos foram dados com a finalidade única de fazer com que, por meio deles, o homem se convença de sua incapacidade de fazer o bem e aprenda a desesperar de si mesmo. E por esta razão também levam o nome de Antigo testamento. Assim, o mandamento “Não cobiçarás” demonstra que somos todos pecadores e que homem nenhum é capaz de se livrar da cobiça, por mais que se esforce. Isso lhe ensina a desesperar de si mesmo e a buscar em outra parte a ajuda necessária para se livrar da cobiça, e, assim, cumpra esse mandamento – algo que ele mesmo não consegue fazer – por meio de alguém outro. O mesmo se aplica também aos demais mandamentos: somos incapazes de cumpri-los.Quando o homem vê e reconhece sua incapacidade através dos mandamentos, de sorte que fica temeroso, pensando em como cumpri-los (já que é necessário cumpri-los, sob pena de condenação), ele fica, deveras, humilhado e aniquilado, e, em si mesmo, não encontra nada que o possa salvar. Entra, então, em cena a outra palavra, a promessa divina, que diz: “Se você deseja cumprir todos os mandamentos, ver-se livre de sua cobiça e de seu pecado, olhe aqui, creia em Cristo, em quem eu lhe prometo graça, justiça, paz e liberdade plenas. Se você crer, receberá; se não crer, ficará sem nada. Porque encerrei todas as coisas na fé, de sorte que se alguém crê, terá tudo e será salvo; agora, se não crê, ficará sem nada”.

Leia em sua Bíblia: João 2.1-11
CRISTO DÁ SABOR À LEI
“Estavam ali seis talhas de pedra que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. Jesus lhes disse: Enchei d’água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então lhes determinou: Tirai, agora, e levai ao mestre-sala. Eles o fizeram”. (vv. 6-8)

As seis talhas de pedra que os judeus usavam para se lavar são os livros do Antigo Testamento, que, por leis e mandamentos, apenas criavam uma piedade externa e lavavam o povo apenas por fora. Por isso, também o evangelista João diz que aquelas talhas serviam para as purificações, para expressar: É a pureza que se consegue pelas obras, sem fé, a pureza que jamais purifica o coração, antes o polui ainda mais. O fato de haverem seis talhas significa quanto esforço e trabalho têm como tal purificação os que lidam com obras. Pois nisso seus corações jamais encontram descanso, pois não têm o sábado, o sétimo dia, para descansar das obras e deixar Deus obrar em nós. Transformar água em vinho significa tornar agradável a compreensão da lei. Isso acontece da seguinte forma: Antes de chegar o evangelho, todos compreendem que a lei exige nossas obras, e que temos que satisfazê-las por meio de obras. Dessa compreensão da lei resultam santarrões e hipócritas empedernidos e arrogantes, mais petrificados do que a cerâmica das talhas ou, então, consciências amedrontadas e inquietas. O evangelho, porém, transfigura a lei, de modo que passa a exigir mais do que somos capazes, a buscar homens diferentes daqueles que somos. Quer dizer: A lei exige a Cristo e conduz a ele, de modo que, primeiro, nos tornemos outra gente por sua graça e na fé, e depois então façamos boas obras.Aí, então, vem o maravilhoso evangelho e transforma a água em vinho. A lei, agora, é saborosa, por ser tão profunda e elevada, tão santa, correta e boa, por exigir coisas tão grandes. Por isso ela passa a ser amada. O que antes era difícil, duro e impossível, agora é agradável e fácil. Pois agora vive no coração pelo Espírito Santo. A água já não está em talhas. Ela se tornou vinho, foi distribuída, bebida e alegrou os corações.

Leia em sua Bíblia: Marcos 10.13-16
JESUS ABENÇOA AS CRIANÇAS
“E então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava”. (v. 16)

Por que será que ele não toma nos braços um marmanjo, um rei, ou, então, qualquer um dos santos? Acontece que ele toma uma criança, na verdade uma criança bem pequena, que ainda não tem muita compreensão das coisas, e a abraça . Como isso deixa claro que seu reino é das crianças e que ele, o Senhor, é um duque e príncipe das crianças e deseja estar com elas. Com isso também quer dizer o seguinte: Se quiserem saber quem é o maior, já lhes digo: Se vocês ouvem de mim, são grandes, pois eu sou tudo; e quem receber a mim, recebe o Pai, Criador do céu e da terra; sim, recebe, ao mesmo tempo, céus e terra. Recebe a Deus, como todos os seus dons. Assim aconteceu que a gente recebe, em primeiro, o menino, Cristo, e, por meio dele, o Pai celeste. Pois não ficarei para sempre entre vocês corporalmente, diz Jesus. em razão disso, quero pôr outra coisa diante de seus olhos, algo que vocês devem estimar como estimam a mim, a saber: “Qualquer que receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim me recebe, e quem receber a mim, recebe a meu Pai”. Por que, então, deveria eu procurar a Cristo lá longe, ou até mesmo subir aos céus na ânsia de encontrá-lo? Tenho diante de mim tantas crianças cristãs que são imagem e morada de mau amado Senhor Jesus Cristo. Vendo a estas, estarei vendo o próprio Cristo. Se ouço o que dizem, estarei dando ouvidos a Cristo. Se lhes ofereço um copo de água, estarei dando de beber a Cristo. Se lhes dou de comer, estarei alimentando a Cristo. Se lhes dou o que vestir, estarei vestindo a Cristo. E assim, na igreja cristã, terei o mundo cheio de Cristo. Toda vez que olho e vejo crianças cristãs, vejo a Cristo. Se eu pudesse crer nisso!

Leia em sua Bíblia: João 2.1-11
O LIMITE DA OBEDIÊNCIA
“Mas Jesus disse a sua mãe: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chagada a minha hora”. (v. 4)

São palavras amargas, mas ele é doce, eu sei disso muito bem. Agora, note como nessa ocasião Jesus foi rude com sua própria mãe, confirmando que, em se tratando de Deus e do nosso serviço a ele, não se deve conhecer nem pai nem mãe. Porque, embora não haja sobre a face da terra autoridade superior à de pai e mãe, esta termina onde começa a palavra e a ação de Deus. Pois nas coisas que são de Deus, nem pai nem mãe, muito menos bispo ou qualquer outra pessoa deve ensinar e guiar, mas tão-somente a palavra de Deus. E se pai e mãe lhe ordenarem, ensinarem ou pedirem para fazer contra Deus ou a serviço de Deus algo que não é claramente ordenado e exigido por Deus, você deve responder assim: “Que tenho eu contigo?”Pois é dever de pai e mãe – e foi justamente para isso que Deus os colocou neste estado – ensinar os filhos e guiá-los a Deus, não segundo sua própria imaginação ou devoção, mas conforme o mandamento de Deus.

Leia em sua Bíblia: Mateus 18.1-9
SE VOCÊS NÃO SE TORNAREM COMO CRIANÇAS
“Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. (v. 30)

Ah, querido Deus, o senhor é damasiadamente rude para conosco! Quisera o senhor tivesse mais consideração e deixasse de exaltar tanto assim as bobinhas dessas crianças! Onde é que o senhor ordenou e ensinou que uma tola de uma criança deva ser preferida a um sábio? Como pode Deus, nosso Senhor, manter seu juízo e sua justiça, tão decantada por Paulo: a justiça de Deus! a justiça de Deus!É essa a tal justiça, que o senhor despreza os sábios e aceita os tolos? Nesse caso, só nos resta crer na palavra de Deus e dar-nos por vencidos. Deus, nosso Senhor, tem pensamentos mais puros do que nós. Para nos transformar nestas crianças, ele precisa, antes de mais, polir nossa rudez e decepar esses galhos ásperos que temos. Vejam, como são puros e singelos os pensamentos das criancinhas! Como elas encaram o céu e a morte sem qualquer receio! Vivem como se estivessem no paraíso. E nas crianças, que virão a ser gente importante, sempre se descobrem maneiras peculiares, maravilhosos.Querido Deus, como não lhe devem agradar a vida e as brincadeiras dessas crianças! Sim, todos os seus pecados outra coisa não são do que perdão dos pecados.

Leia em sua Bíblia: Mateus 18.1-9
GANHAR O CÉU OU O INFERNO NOS PRÓPRIOS FILHOS
“E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe dependurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fora afogado na profundeza do mar”. (vv. 5s.)

Assim também é verdadeira a afirmação de que os pais podem ganhar o céu através dos próprios filhos, mesmo que não façam outra coisa além de serem pais. Se os pais educam os filhos para que sejam servos de Deus, terão as duas mãos cheias de boas obras por fazer. Pois quem são os famintos, os sedentos, aqueles que não têm roupa, os prisioneiros, os doentes, os estrangeiros, senão as almas de seus próprios filhos (Mateus 25.35-36)? Com eles, Deus transforma sua casa num hospital, colocando-o como diretor do mesmo, para que você cuide deles, os alimente e lhes dê de beber com boas obras e palavras, de sorte que aprendam a confiar em Deus, crer nele, temer e depositar sua confiança nele, honrar seu nome, não jurar nem amaldiçoar, trabalhar, participar do culto e ouvir a palavra de Deus; que aprendam a desprezar as coisas deste mundo, suportar desgraças com paciência, não Ter medo da morte nem amar a presente vida! Oh, que lar e que casamento feliz não é aquele onde existem pais assim! De fato, seria uma verdadeira igreja, excelente mosteiro, sim, um paraíso.Por outro lado, nada mais fácil para os pais do que serem condenados ao inferno por causa de sua atitude em relação aos filhos, em seu próprio lar, se negligenciam os filhos e não lhes ensinam as coisas mencionadas acima. De que adianta matar-se jejuando, orando, fazendo romarias e praticando toda sorte de obras? Por ocasião da morte e do juízo final, Deus não vai perguntar a respeito disso aí; vai exigir, isso sim, os filhos que ele lhes deu.

Leia em sua Bíblia: Colossenses 3.18-25
O QUARTO MANDAMENTO
Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. (v. 20)

Deus conferiu ao estado paterno e materno uma distinção toda especial, colocando-o acima de todos os estados que estão abaixo de Deus. Assim, não ordena simplesmente que amemos os pais; manda honrá-los. Pois com respeito a irmãos ou irmãs e ao próximo em geral, não ordena coisa mais elevada que amá-los. Dessa maneira separa e destaca pai e mãe acima de todas as outras pessoas na terra e os coloca a seu lado. Pois honrar é coisa muito mais sublime do que amar. Honrar inclui não somente o amor, mas, também, modéstia, humildade e reverência como para com uma majestade que se esconde dentro da pessoa. Honrar requer não apenas que nos dirijamos aos pais de modo amável e respeitoso, mas, acima de tudo, que, de corpo e alma, demonstremos que os temos em alta conta, e que, depois de Deus, os consideremos as mais altas autoridades. Porque para honrar alguém de coração é preciso que realmente o consideremos elevado e grande.Por isso é preciso incutir nos jovens que vejam nos pais representantes de Deus e lembrem que, por mais modestos, pobres alquebrados e excêntricos que sejam, não deixam de ser pai e mãe, dados por Deus. Não ficam privados dessa honra por causa de sua conduta ou em razão de falhas. Por isso não devemos olhar a pessoa como ela é, mas a vontade de Deus que assim estabelece e ordena. É verdade que fora disso somos todos iguais aos olhos de Deus, mas entre nós é necessário que haja essa dignidade e diferença ordenada. Razão por que Deus ordena que seja observada, que você me obedeça e eu tenha autoridade, pois sou seu pai.

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